Sentidos físicos volitivos

Esses sentidos podem ser classificados em três diferentes agrupamentos. Os primeiros quatro sentidos físicos volitivos ou inferiores, também chamados de corporais, surgem na fase do desenvolvimento e integração neurofuncional, até os sete anos de idade. São eles:

• O Sentido do Tato – contrariamente ao que possamos pensar, inicialmente não nos informa sobre o mundo, mas sobre os nossos limites físicos, até onde eu sou EU. É a base para, mais tarde, compreendermos o eu da outra pessoa.

• O Sentido Vital – traz a sensação de estar no corpo, de fazer parte dele. Recebemos informações sobre nosso estado de bem-estar ou mal-estar por meio do sistema nervoso simpático e parassimpático. Com o tato sentimos as fronteiras do nosso corpo físico; o vital informa sobre o estado dos processos metabólicos que compõem nosso corpo vivo, algo que está em constante vir a ser. Leva ao desenvolvimento do pensamento vivo.

• No Sentido do Movimento – por meio desse sentido obtemos uma potencialização de nosso âmbito sensorial, proporcionando a percepção da nossa posi¬ção no espaço e das diversas partes do nosso corpo entre si. Para Rudolf Steiner, a boa percepção a seu respeito nos amadurece para o domínio da linguagem escrita e falada.

• O Sentido de Equilíbrio – conta com um órgão especial, os canais semicirculares da orelha interna, e relaciona-se com o cerebelo e a visão também. Permite que ao nos movimentar para diferentes lados não deixemos para trás o que vive no corpo, mantendo nosso centro de gravidade equilibrado em relação ao da Terra. Para Steiner, seu desenvolvimento proporciona a sensação de paz interna.


Fontes:

• BALDISSIN, Maurício, Percepções Humanas – antroposofia e neurociências. Editora Antroposófica.https://neurodiagnose.com.br/blog/percepcoes-humanas-sob-a-otica-da-antroposofia-e-das-neurociencias/

• BALDISSIN, Maurício, Aprendizado e percepções humanas segundo a antroposofia e as neurociências. Arte médica ampliada / Sociedade Brasileira de Médicos Antroposóficos, v.34, p.13, 2014. Learning and uman perceptions according to anthroposophy and neuroscience. Arte Médica.

• BALDISSIN, Maurício, Aprendizaje y percepciones humanas según la Antroposofía y las Neurociencias. Revista Numinous. Argentina, p.39 – 44, 2015.

• BALDISSIN, Maurício, Percepciones Humanas: antroposofi´a y neurociencias. Madrid: IAO Arte Editorial, 2014, v.1. p.118.
https://neurodiagnose.com.br/blog/percepcoes-humanas-sob-a-otica-da-antroposofia-e-das-neurociencias/